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A Venezuela de Hugo Chávez

Ao contrário do meu amigo e chefe Di Pietro que está impressionado como os Estados Unidos estão recebendo bem os brasileiros, eu fiquei chocado como a Venezuela dá os ombros para os turistas, sejam eles de qual parte do mundo for e eu não esperava nada de diferente.

O regime, que Chávez chama de socialismo e mais parece militarismo, faz coisas como dificultar o intercambio de produtos e serviços estrangeiros pelo câmbio, que oficialmente é bem desfavorável e inclusive sua postura criou o mercado (quase) ilegal de troca de moedas, que acontece livremente em todas as partes habitadas por turistas.

Já tinha lido sobre a loucura do câmbio e tomado nota de como ir atrás de melhores condições, mas fui abordado logo na saída do desembarque do aeroporto de Caracas por uns 10 caras fazendo troca de moedas. Oficialmente US$ 1 vale BsF 4,30 e com os moços do aeroporto US$ 1 valia BsF 7,70. Muita diferença, não?! Fiquei rica!

Mas a ditadura chavista sob a qual vivem os venezuelanos e principalmente os estrangeiros que visitam o país é ainda mais dura que isso. No transito as pessoas são tratadas como criminosas. A cada 2 ou 3 kilometros há agentes da Guarda Nacional munidos de metralhadoras e vão apontados para todos os carros que passam, coagindo as pessoas e criando uma tensão.

Pior que isso é privar a população de serviços básicos como água. No aeroporto de Caracas não havia água nos banheiros, através dos sistemas de som eles pediam desculpas e os funcionários da limpeza ficavam com baldes auxiliando os turistas a lavarem as mãos. Deprimente.

Quando você sai de zonas, digamos, turísticas as coisas são diferentes. Nos hotéis, nos restaurantes tudo funciona bem, mas achei que rola uma preguiça generalizada das pessoas. Talvez pelo excesso de assistencialismo, o trabalho não seja bem visto por lá, todo mundo parece que trabalha sem vontade e muitos estabelecimentos funcionam só 2 horas de manhã e 3 horas durante a tarde. Trabalhar é criar riquezas pra que já que o governo sustenta?! Devem pensar…

O patriotismo por lá é forte. Por toda parte, principalmente na capital, as cores da bandeia estão estampadas em todos os lugares, inclusive nas casas e comercios. Há morros inteiros onde as casas são pintadas cada uma em uma das cores, como na foto que ilustra este post.

Mas como não gosto mesmo do dono da Venezuela, fui para lá com um olhar ainda mais crítico sobre a postura do governo e é normal que minhas opiniões sejam contrárias, mas isso não faz do país um destino que deve ser evitado.

O que é quase inaceitável é a forma com que te tratam quando você está deixando o país, talvez a forma deles dizerem "não voltem mais". Agentes da Guarda Nacional ficam na porta do avião revistando a bagagem de mão e as pessoas, é constrangedor.

Margarita e Coche, duas ilhas no Caribe Venezuelado, são preciosidades que merecem serem visitadas e por elas vale todo esse contrangimento que somos submetidos. Águas lindas, povo bacana, bebida boa e barata, um pôr do sol lindo de chorar e as praias deliciosas, mas . Se for visitar a casa chavista vá pelas belezas naturais, porque de resto a pobreza (de espírito) é triste.

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