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Árbitro de rúgbi revela como é ser gay em um esporte extremamente machista

O árbitro de rúgbi Nigel Owens revelou em texto para o The Independent sobre como é ser um homem gay assumido dentro de um esporte predominantemente heterossexual e machista.

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Ele, que foi vítima de homofobia de um jogador do tradicional Torneio Seis Nações na última semana, declarou que "tem sido difícil ser um juiz gay". Ele se assumiu em 2007.

No caso, o jogador inglês Edryl Hames, de 18 anos, fez um post homofóbico na rede social sobre Nigel e o caso chegou a virar caso de polícia. Como punição, ele foi orientado a fazer um pedido de desculpas publicamente, alegando estar envergonhado.

Apesar das dificuldades, Nigel diz que ter se assumido gay o fez "renascer". "Eu fui aceito por 99% do mundo rúgbi, mas sempre existe 1% que é contrário a tudo. O mundo do rúgbi é muito heterossexual, e isso dificultou as coisas. Isso não quer dizer que o esporte é homofóbico. Só que eu não sentia que poderia ser eu mesmo".

No texto, ele conta que tentou ser jogador, mas que logo partiu para a arbitragem. Ele chegou a ter uma namorada aos 18 anos e somente 17 anos depois – e de uma tentativa de suicídio – é que decidiu se assumir gay.

Ao comentar como é o relacionamento com os demais jogadores héteros, ele revela um episódio: "Um jogador, o Ryan Jones, disse quando eu entrei no vestiário: 'Nigel, deixa eu colocar a roupa antes'. Minha resposta foi rápida: 'Isso não importa, você é feio de qualquer jeito'. Nós dois rimos bastante. Nós não podemos perder o nosso senso de humor e a nossa capacidade de rir de nós mesmos".

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