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Clube Paulistano deve decidir se aceita ou não namorado de sócio gay como dependente

O Clube Paulistano, localizado no bairro Jardim Europa, em São Paulo, completa 110 anos de existência em 2010. E como tudo que sobrevive ao longo dos séculos, precisa se modernizar. Mas será que consegue?

Segundo reportagem publicada na revista São Paulo, encartada no jornal "Folha de São Paulo" e publicada no domingo 25 de julho, a diretoria do Clube enfrenta um impasse: um dos sócios da entidade, homossexual assumido, solicitou a inclusão de seu namorado como dependente no Clube. E os membros do conselho estão em dúvida se aceitam ou não.

"Temos essa solicitação. O estatuto do Clube não é diferente da Constituição. Cabe ao conselho analisar se muda o estatuto ou não", declarou à revista o presidente do Clube, Antonio Carlos Vasconcellos Salem, referindo-se à Constituição do Brasil, que entende como união estável a relação entre homem e mulher, somente.

Obviamente, o conselho do Clube é formado por alguns dos sócios tradicionais do local. E considerando que o Clube tem 110 anos de vida, dá para imaginar a mentalidade reinante. O presidente admitiu à revista que alguns conselheiros estão contrários à proposta do sócio gay.

Os integrantes mais antigos preferem que o namorado compre um título para si – os títulos custam R$180 mil -, em vez de entrar como dependente do sócio gay que já está dentro da entidade. Mas o assunto ainda será votado.

"Tudo vai depender do conselho. Se os conselheiros disserem que contradiz o estatuto, não há o que falar. Se o casal se sentir prejudicado, vai à justiça. Mas se o estatuto fôr alterado, tudo bem, é a vontade dos sócios", declarou Salem à publicação.

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