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Coluna desta semana discute obra ‘clássica’ sobre triangulo amoroso

Antes de começar essa segunda coluna gostaria de agradecer pelos comentários e leituras da primeira coluna no site para discussões sobre literatura homoerótica. Sugerido pelo leitor Paulo que deixou um comentário sobre o livro “O 3º travesseiro” dizendo que era imperdível e de leitura agradável, decidi discorrer hoje sobre este título. Confesso que a princípio fiquei meio receoso, escrever sobre um livro que já é um clássico na literatura gay nacional podia ser encarado como golpe baixo, por este ser um espaço novo. Porém aceitei o desafio. Sim, falar desse livro para mim é um desafio pelo simples fato de eu não ter gostado dele. Decidi então fazer um desafio a mim mesmo. Procurar aspectos positivos em algo que não gostei. É um ótimo exercício, sugiro que tentem, mas esse assunto fica para outro dia. Antes que eu comece a ser apedrejado gostaria de deixar claro que aqui estou falando por simples questão de gosto e minha opinião é super passível de ser mudada. Sintam-se a vontade para concordar ou discordar, afinal é para isso que criamos este espaço. Bom, o 3º travesseiro foi escrito pelo administrador de empresas Nelson Luiz Carvalho. A primeira edição data de 1998 e foi editado pela editora Mandarim. A obra já virou peça de teatro e especula-se que vire filme ainda este ano. Muitos amigos e blogueiros que pesquisei na Internet choraram quando leram a história de amor que acontece entre três adolescentes entre 16 e 18 anos. Quem narra o livro é Marcus que se apaixona por Renato, um rapaz que estuda na mesma escola que ele. Logo no começo do livro Marcus se flagra pensando sexualmente em Renato até que eles começam a namorar. Tudo vai bem até a entrada mais ativa de Beatriz na história. A garota é uma ex-namorada de Renato, que meio atrapalha a relação dos dois. O legal do livro é que gera identificação com todo o processo de auto-aceitação e da saída do armário para família, amigos e sociedade. Nesse processo de auto-aceitação alguns discursos soam meio hipócritas, e algumas passagens parecem cenas bobas de dramas mexicanos, mesmo assim, o livro consegue ser corajoso ao abordar a homossexualidade com tanta naturalidade. Em um dos trechos, Marcus, que se descobre gay e depois bissexual, está conversando com seu pai num restaurante e mostra a ele um casal heterossexual. Num momento de coragem Marcus explica ao pai que se sentia atraído pela garota, mas que achava o rapaz um tesãozinho também. Só por isso vale a pena a leitura. Algumas partes são bem quentes, dá até para ficar excitado. O único site de livraria em que encontrei o livro, diz que o produto está esgotado. Acredito que não deve ser difícil achar o exemplar em algum sebo de grandes centros, mas pelo visto vai ser necessário gastar um pouco a sola dos sapatos. Às vezes algum amigo deve ter o livro e te emprestaria na boa, é só pedir com delicadeza, e claro, devolver depois. Boa leitura!

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