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Com latência revertida, cientistas abrem caminho para cura do HIV

HIV
Imagem: Reprodução.

Boa notícia no combate ao HIV/Aids: nesta quarta-feira (22), a revista científica Nature publicou artigo de dois grupos de pesquisadores norte-americanos que conseguiram reverter a latência do HIV.

O que é a latência?

Fenômenos conhecido já há um bom tempo, a latência do vírus é um dos maiores obstáculos para uma cura definitiva do HIV

Na prática, significa que, mesmo diante de uma terapia antirretroviral (medicamentos) eficaz, o HIV “se esconde” em células do tipo linfócitos T CD4+, pertencentes ao sistema imune.

Ali, nenhuma medicação atualmente consegue encontrá-lo nem retirá-lo. Além disso, o próprio sistema imune não consegue identificá-lo para combatê-lo.

Por isso, os portadores precisam tomar sempre a medicação: se deixam de tomar, o HIV sai desses esconderijos e volta a se multiplicar no organismo.

O que os cientistas fizeram?

Em um dos estudos, os cientistas utilizaram camundongos infectados com o HIV em terapia antirretroviral e com medula óssea alterada para produzir células humanas vulneráveis ao vírus.

No outro, foram utilizados macacos rhesus infectados com SIV, um “primo” do HIV que afeta símios.

Por meio do composto AZD5582, inicialmente utilizado para o tratamento do câncer, os cientistas conseguiram “retirar” o HIV e o SIV dos esconderijos, recorrendo a diferentes técnicas: os vírus latentes, em ambos os casos, foram reativados e voltaram a exprimir seu código genético (RNA). Dessa forma, voltaram a ser “vistos” pelo sistema imune.

Os estudos foram conduzidos pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e pela Universidade Emory, de Atlanta, e foi a primeira vez que cientistas testaram uma molécula de reversão de latência com sucesso em duas espécies diferentes. Ann Chahroudi, coautora sênior do estudo, classificou o resultado como emocionante.

“Esperamos que este seja um passo importante para um dia erradicar o vírus em pessoas vivendo com HIV.”

E agora?

Há um longo caminho para a descoberta virar uma terapia em seres humanos, o que significa que novas pesquisas deverão ser feitas nos próximos anos.

Um dos desafios para a técnica é a habilidade de o HIV “plantar” seu código genético no DNA humano. Isso significa que, mesmo que a técnica seja eficaz, o vírus, em tese, poderia se “recriar” a partir do código genético da própria pessoa.

Por fim, também é preciso pesquisar se há alguma célula que será resistente à estratégia…

Mas que a notícia dá esperança, dá, não? Afinal, é um caminho aberto para a cura que, até o momento, era mais teórico do que possível.

Confira o artigo da Nature aqui.

 

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