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“Ditadura Gay”: Senador Magno Malta acusa homossexuais de perseguição

Na última terça-feira (3), o senador Magno Malta dedicou boa parte do seu pronunciamento na tribuna do Senado para defender o pastor Silas Malafaia.

De acordo com Malta, Malafaia vem sendo perseguido pela militância gay, que tem travado uma campanha contra o pastor. O senador foi além e disse que estão tentando criar um verdadeiro "império homossexual" no Brasil.

"Se você não aluga seu imóvel para um homossexual, ou não aceita o ato afetivo de um casal gay, pega sete anos de cadeia. Se demite ou não admite um homossexual na sua empresa, cinco anos de cadeia. Eu posso não alugar minha casa para um negro, eu posso demitir um portador de deficiência, eu posso não admitir gestos afetivos de um casal heterossexual na porta da minha casa e pedir que eles se beijem em outro lugar, longe dos meus filhos. Mas, se eu fizer isso com um casal homossexual, um simples boletim de ocorrência me levará para a cadeia", declarou o senador.

Silas Malafaia está sendo processado por ter aconselhado os católicos em seu programa de TV a "baixar o porrete" e "entrar de pau" nos participantes e organizadores da Parada Gay de São Paulo, que na edição de 2011 contou com imagens sensuais de santos católicos.

Para a edição do próximo sábado (7) do seu programa de TV, o Vitória em Cristo, o pastor vem anunciando no Twitter que fará "denúncias gravíssimas sobre perseguição religiosa" e planos do movimento gay de estabelecer uma "ditadura".

Comprou a briga
Durante o discurso de Magno Malta, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também saiu em defesa do pastor Silas Malafaia. Segundo ele, a fala de Malfaia foi "tirada de contexto" e o pastor não queria incitar a violência física. "
Acho que estão agindo com intolerância contra Malafaia”, declarou.

Frente ao posicionamento do senador, a coordenadoria nacional LGBT do PT se manifestou em nota à imprensa condenando a atitude de Lindbergh. “Para a perplexidade da militância petista e de todo o movimento social LGBT brasileiro, assistimos ao senador Lindbergh Farias, do PT, possuidor de uma bela  trajetória de esquerda, de defesa da juventude, da população negra, dos pobres, se somar a Magno Malta na defesa de Silas Malafaia”, diz a nota.

"É preciso acrescentar que Malafaia ameaçou verbalmente e está processando o presidente da maior associação de defesa dos direitos LGBT do Brasil, Toni Reis, da ABGLT. Esse líder cristão  fundamentalista é um cancro incrustado na democracia brasileira. A luta de diversos setores dos movimentos sociais é  para impedir que Malafaia siga propagando seus conceitos discriminatórios em emissoras de televisão, que são concessões públicas", continua.

Para a coordenadoria LGBT do PT, a fala do senador Lindbergh "se torna ainda mais grave por ignorar e desconsiderar o cerne do debate sobre o PLC 122 [projeto de lei que criminaliza a homofobia em território nacional], que é a interdição dos discursos que incitam a violência utilizando-se do pretexto da liberdade religiosa".

 

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