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DJ Flavio Lima conta detalhes de sua carreira em entrevista exclusiva

Um rapaz forte, bonito e que chamava a atenção foi apresentado na cena gay do Rio há uns três anos. Hoje, o DJ Flávio Lima desponta no mercado nacional provando seu talento, através de seu público. Agora, residente da festa R:evolution, o sagitariano de 33 anos nos cede uma entrevista exclusiva, onde fomos recebidos carinhosamente em sua casa. No próximo final de semana começa a maratona de festas do Rio. Como novo residente da festa R:evolution, você tocara nas edições do dia 30 e na pool party do dia 1º de janeiro. Como estão os preparativos para tais festas? Bem ansioso. Preparando muitas surpresas, remixes próprios e um som diferenciado para abrir a festa. Abrir uma pista é uma responsabilidade tão grande quanto como tocar no meio da noite, pois você vai mostrar um pouco do que vai rolar e estará recebendo o público. Se você estiver tocando um som não muito legal o público pode achar que a festa não será tão boa. Com três anos na cena gay, você já é apontado como um dos principais DJs do circuito carioca. Como você começou sua carreira e por onde entrou na cena gay? A carreira eu comecei na rádio. Quando me formei num curso de DJ, em primeiro lugar. Comecei a tocar na rádio imprensa. Então ganhei experiência para rádio, ambiente de estúdio. Tive acesso às gravadoras (Sony, BMG, Som Livre), que na época era bem difícil para os profissionais para conseguirem material para tocar, pois não existia ainda o acesso para pesquisar e comprar mp3. Até que há uns três anos comecei a fazer meu after Wake-Up em minha própria casa. Uma espécie de Chill Out para os amigos que vinham da jogação. Então, tive contato com o produtor Alex Halter, que na época administrava a boate Breeze. Fui convidado para tocar em uma de suas festas. Logo depois, veio o convite para realizar aos domingos o after na casa Breeze. Como partiu o convite para virar residente da festa R:evolution? Foi quando e através do que? Já tinha tocado na pista 2 na R:evolution edição de 2 anos e a pista 2 acabou acontecendo e sendo a sensação da festa. Por ser uma pista aberta, pelo local e pelo som que fiz. Isso chamou atenção da produtora Rosane Amaral. Depois, fui tocar nas festas PRIDE de Búzios. Meu som foi bastante comentado, tanto quando toquei antes do Pacheco na festa Connection e depois da Ana Paula na Ele.k.tra Pool party. Quando voltei de Búzios vazou a informação da residência pela internet. Tive a grata surpresa da notícia, posteriormente confirmada por telefone com a produtora Rosane Amaral. Como é sua relação com a produtora Rosane Amaral? Aos poucos fui descobrindo uma amiga e uma pessoa séria e profissional que acredita no meu trabalho. E com os produtores gerais do Rio? Algum tipo de intriga ou descaso com algum? Prefiro não citar nomes, mas é chato existir certas panelinhas. Se você trabalha com um produtor “A” acaba deixando de trabalhar com um produtor “B”. Com isso todo mundo perde. Então o DJ acaba fica limitado em tocar nas festas do Rio. O Flávio Lima como público, que gosta de sair a noite e sempre freqüenta a noite gay do Rio. O que acha a respeito de duas grandes festas terem sido marcadas para o mesmo dia? Acredita que o público perde com isso? Não, acho que o público tem a ganhar em termos de opção. Vai poder escolher entre uma festa tradicional e entre uma festa que está inovando e surpreendendo cada vez mais, a cada edição. O after Wake-Up agitava as manhãs de domingo no início do ano. Mas acabou. Pretende voltar? Era um projeto meu e do Kaco (seu manager). Então acho que ali consegui mostrar um pouco do meu som e agora o foco mudou. Meu projeto agora é o meu trabalho como DJ. E claro, conquistar o espaço na cena com a minha residência na R:evolution. Quanto a voltar com o after. Depois das festas de final de ano, quem sabe no verão? Pode vir surpresas por ae! Seu manager é o publicitário Kaco Rodrigues, que é também seu companheiro com quem divide o mesmo teto. Até aonde você acha que isso facilita ou atrapalha o trabalho? Facilita pela proximidade e claro, pela liberdade que temos em tratar de assuntos profissionais. Atrapalha quando eu tenho que ficar noites pesquisando, procurando músicas e com isso acabo deixando de dar um pouco de atenção pro namorado. Mas costumo separar um tempo pro DJ e um tempo pro companheiro. Ultimamente seu trabalho foi conferido e muito bem recebido na Bahia e na última festa Fun, em Brasília. Como foi a recepção dos outros estados com o DJ carioca e como foi essa experiência? A recepção foi incrível! Acho que tanto Salvador quanto Brasília estão carente de novidades, carentes de um som diferente. O que eles ouvem por lá ainda está um pouco atrasado. Então tudo que levamos é novidade, e todo mundo gosta de novidade. Alguns amam, outros nem tanto, mas principalmente em Brasília a recepção no geral foi muito boa. Vibe excelente, que funcionou! Quais DJs da cena brasileira você curte e te influenciam? Pacheco em primeiro lugar. Ana Paula pela história profissional que eu acompanhei. E o Gustavo Jr da Le Boy pelo trabalho que ele tem feito dentro da casa. E internacionalmente falando, quais DJs da cena mundial chamam a sua atenção? DJ Paulo [DJ Português que veio tocar na festa Ele.k.tra], pelo som. O DJ Peter Rauhofer e a dupla Rosabel pela energia deles tocando. O que você acha da nova geração de DJs? Poucos valem a pena realmente serem ouvidos. Acham que está na moda ser DJ, que é só baixar a playlist da internet e tocar em festinhas de amigos que já se auto proclamam “DJ.” Acredito que só os que levam realmente a sério seguirão em frente. Você até então assinava como DJ residente da festa Spectacular. Porém na festa BASFOND, que fora a última realizada pelo mesmo produtor, você não tocou mesmo com seu nome no flyer. Porque ocorreu tal fato e você ainda continua como residente do projeto Spectacular? O que aconteceu foi o seguinte. A festa não deu o público esperado. Quando eu estava a caminho da festa, o produtor ligou pedindo pra eu voltar pra casa porque eles não poderiam honrar com meu contrato. Aceitei as desculpas, pois acho que isso pode acontecer com qualquer festa. Queria deixar essa história bem clara, pois muita gente achou que eu não fui tocar porque virei residente de outra festa. Não estou mais como residente da Spectacular, porém continuo muito amigo dos produtores. Era um processo que estava em via de acontecer e que não era segredo nem do Thiago (produtor da Spectacular). E sim, o projeto Spectacular perdeu a minha residência para a Revolution, que era um posto e um patamar na cena que eu já estava lutando pra conquistar e todos entenderam bem isso. Como residente da festa R:evolution, por que sua ausência na edição de reveillon? Antes de eu virar residente da festa essa edição de reveillon já estava com o line up fechado. É o trio de DJs que ela já escala em todo after realizado. Mas nada impede que eu possa vir a participar dos futuros afters da label.

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Já decidiu? Então, qual festa você vai, X-Demente ou R:evolution?