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Escola do Ceará é acusada de usar material homofóbico durante aula de física

Um aluno do ensino médio entrou em contato com a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) para denunciar o conteúdo homofóbico presente em um material escolar da Organização Educacional Farias Brito, de Fortaleza, Ceará.

Trata-se de uma apostila (foto abaixo), produzida pela própria instituição, utilizada nas aulas de física. No material foi usado um desenho para explicar a lei da atração e repulsão de cargas elétricas. Na ilustração, dois garotos próximos são acompanhados de uma seta com a palavra “repulsão”, o mesmo acontece com o desenho de duas meninas.

Já quando se trata de uma menina e um menino, a sete indica a palavra “atração”. O aluno que denunciou o material afirmou à ABGLT que foi alvo de chacotas devido a uma comparação entre ele e os dois meninos da apostila.

“Os desenhos são muito nítidos ao mostrar a homofobia. O aluno tem só 16 anos e pensa até em desistir de estudar”, comentou Toni Reis, presidente da Associação.

O diretor da escola, que existe há 77 anos e possui 13.500 alunos, afirmou que o caso será investigado pela instituição. 

“Não é justo que se impute a duas crianças um desejo homossexual que não existe nessa idade. Nós temos funcionários homossexuais, professores homossexuais, alunos homossexuais”, declarou Cavalcante.

A ABGLT já denunciou o uso do material ao Ministério Público do Ceará e ao Ministério da Educação.

 

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