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Fábrica de Bichas

Pegando carona no post anterior… nem todo gay é pervertido! Só alguns. Mas tem motivo. E posso arriscar pelo menos um. A começar pela mais famosa fábrica de bichas de todos os tempos: Xuxa Menegay. Praticamente impossível para a geração que cresceu nos anos 90  (lembrem-se, sou um anjo contemporâneo) ter ficado imune a ela.  Principalmente por ter sido tão cheia de mensagens subliminares. Nem Carmem Miranda – ou até mesmo Cleopátra – influenciou tanta bicha por aí. Enquanto as meninas contentavam-se apenas em ser paquitas, as bibas queriam ser…  a própria Xuxa. Só para segurar no microfone, que por sinal era peludinho. E branco. Não satisfeita em fazer com que milhões usassem mini-saias, botinhas, chiquinhas – saindo do armário ainda na infância para desespero dos pais – e ficassem berrando em frente à TV para serem abduzidas com ela na nave, Xuxa ainda obrigava todas suas seguidoras a comprar os discos – causando um novo desespero no bolso, ouvidos e mente dos pais. As músicas eram cantadas exaustivamente nos programas. Quantas e quantas agulhas de vitrola não foram gastas nas horas vagas só para decorar os hinos diabólicos? Xuxa não era ecológica. Além disso era megalómana. Sua influência foi forte não só no Brasil, mas também em países latinos, europeus, chegando até a alcançar nossos brotheres lá no norte. Mas alguém aí já parou para pensar na confusão que Xuxa fez na cabeça das bibas? O que fez essa dublê de cantora de chuveiro achar que realmente tinha o dom de cantar? E o mistério não pára por aí: até hoje muitas bibas ainda tentam decifrar o real significado de suas letras.

Em "Doce Mel", por exemplo, que brincadeira é essa que até faz algo doce escorrer da boca? É a mesma que nossas colegas fazem hoje depois de adultas e desvirtuadas de uma vida em Cristo? Pior: depois que se satisfaz, Xuxa ainda dá no pé ("foi bom estar com você, brincar com você…"). Já em "Quem quer pão" nota-se claramente uma homenagem ao padeiro que, todas as manhãs, fornecia a Xuxa – ou à mãe dela, isso não ficou muito claro – baguettes gostosinhas, quentinhas e que causavam arrepios. Agora, resta saber: (1) quantos centímetros tinha a baguette. E (2) por que quem não levasse na hora da ´fornada´não levava mais? A biba que não tivesse saco, levaria onde a baguette? O que dizer, então, da letra de "Festa do estica e puxa" em que todas eram convidadas a pegar, esticar e puxar? Mas esticar o quê, Dona Xuxa? São muitos os órgãos que podemos esticar: braços, pernas e até… os cabelos! Será esse o motivo do sucesso das escovas progressivas? Já parou para pensar na biba crespa que não tem dinheiro para esticar?

E como se já não bastasse uma fábrica, logo depois surgiram as filiais: Angélica, Mara e, bem de longe, Eliana. Algumas faliram logo: a tal Paty-beijo é uma delas. Hoje, fala-se em Maysa, a menina-Chucky do SBT. Mas elas serão o assunto do próximo post. Beijinho, beijinho, tchau, tchau!

Ps: Quem quiser tirar a prova real é só ir no Google e digitar DOCE MEL, FESTA DO ESTICA E PUXA e QUEM QUER PÃO para conferir a letra!

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