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Indicado de Lula para o STF diz que gays não podem ser ignorados pelo Estado

O advogado Geral da União (AGU), José Antonio Dias Toffoli, indicado do presidente Lula para assumir cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) disse em sabatina a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) que não existe razões para o Estado "discriminar" os homossexuais.

Além de ser contra a exclusão dos homossexuais da constituição brasileira, Toffoli defendeu a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Católico praticante afirmou que a "homoafetividade é um fato da cultura humana e não pode ser ignorado pelo Estado".

Em seguida ele refletiu e disse que o funcionário do Estado tem de saber separar a sua crença pessoal e religiosa dos interesses da população. "Como agente do Estado, hoje na AGU, amanhã, se Vossas Excelências concederem, no STF, não posso agir como eu penso da minha fé. Tenho de agir de acordo com a Constituição. Se há vedação da discriminação, eu entendo que este fato social (a homossexualidade) seja reconhecido pelo estado, que não haja essa discriminação (homofobia) com estas pessoas", disse Toffoli.

O advogado depende da aprovação da CCJ para assumir a cadeira no Surpemo Tribunal Federal.

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