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Lana Wachowski, criadora da série Sense8, conhece o Programa Transcidadania

O Programa Transcidadania recebeu, nesta sexta (27), a cineasta norte-americana Lana Wachowski, criadora e diretora da série Sense8, da Netflix, que esteve no Brasil para a gravação de cena durante a 20º Parada do Orgulho LGBT.

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Ela conheceu as políticas públicas da Prefeitura de São Paulo para LGBT.
 
Em visita ao Centro de Cidadania LGBT Arouche, Lana se reuniu com Felipe de Paula, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT, Eduardo Raccah, coordenador internacional da Spcine, e Cristina Abi, produtora da O2 Filmes, além das beneficiárias e beneficiários do Transcidadania, programa de reinserção de travestis, mulheres transexuais e homens trans por meio da escolaridade.

A diretora da série conversou com os participantes e ouviu relatos emocionados de como o programa tem transformado essas vidas. “Quando a gente ouve a história de vocês, que é uma história de impossibilidade, pela dificuldade de educação e de trabalho, o que nos cabe é montar um programa que dê autonomia para que consigam a garantia de escolher o que querem fazer da vida, seja a escolha qual for. E o que a gente espera é que daqui a uns vinte anos o programa não seja mais necessário e a gente consiga viver de maneira absolutamente igualitária”, disse o secretário Felipe de Paula.
 

A articulação para a vinda da diretora a São Paulo foi feita pela Spcine, por meio da São Paulo Film Commission, responsável por atrair produções internacionais e facilitar as filmagens na cidade. A gravação da série internacional durante a Parada, que esse ano tem como tema “LEI DE IDENTIDADE DE GÊNERO, JÁ! – Todas as pessoas juntas contra a Transfobia!”, significa grandes avanços e visibilidade para a população T.

Diversas participantes reforçaram a importância da representatividade trans à frente e atrás das câmeras. “Hoje nós temos uma conquista que é o Programa Transcidadania e com essa visibilidade que o Sense8 vai nos dar vai fazer com que, não só o Brasil mas, o mundo inteiro enxergue que travestis, mulheres transexuais e homens trans são seres humanos e que a única coisa que precisamos é oportunidade”, contou Aline Marques, articuladora do Centro de Cidadania e ex-beneficiária do programa.
 

Lana, que propôs um diálogo com as pessoas trans presentes no encontro, conta que quando era jovem não se lembra de ter visto na mídia, nos filmes e séries nenhum retrato positivo de pessoas trans. Eram retratados com uma história trágica, como viciados, tristes, psicopatas. “Eu entendi que queria mudar esse cenário. Temos os mesmos direitos como ser humanos, o direito de imaginar o mundo que todo mundo têm. O direito de encontrar amor, ser felizes, buscar nosso lugar no mundo", revela.
 
Além de compartilhar suas histórias de vida, as participantes do programa conversaram com Lana sobre o decreto que garante o respeito ao nome social por órgãos do poder público. Ela defendeu a importância da medida e posou para a foto em defesa da permanência do decreto.

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