in

O Câncer

Ok, imagino que você deva estar pensando: “credo, que título horrível!”

Concordo, mas não haveria outro que coubesse. Sábado perdi uma amiga de infância, vítima de câncer de mama, descoberto tardiamente.

Sentei no sofá e chorei, como uma criança, me lembrando da última vez que a vi, no hospital, se recuperando de uma baixa de imunidade mas irradiando felicidade ao me ver ali.

Acho que nunca senti tanta honestidade vindo de alguém quanto quando ela me dizia repetidamente “estou tão feliz de te ver aqui!”

Não nos víamos há anos. Mas amigo de verdade é assim mesmo, atemporal. Ela sofrida, de cabelos brancos, inchada por causa da medicação mas vibrando através de seu sorriso sincero ao me ver ali.

Meu Deus como alguém, no olho do furacão do sofrimento, pode ainda ficar feliz? E por um ato que não me custou nada além de meia-hora de vida?

Chorei, copiosamente, envergonhada por ainda ter coragem de reclamar da vida e por quantas vezes deixei de viver, presa nas minhas lamúrias.

Enquanto uns lutam com todas as forças para se manterem vivos, ainda que vivendo com tantas limitações e dores, deixamos que coisas tão pequenas nos impeçam de enxergar como somos abençoados.

E eu sou.

Chorei ontem, copiosamente, por ter perdido uma amiga mas principalmente, pela minha pequenez.

Câncer de mama, 1 a cada 15 mulheres no mundo terão. Olhe-se, toque-se, cuide-se, previna-se.

Em novo clipe, Jeffree Star aparece nu; Veja aqui

Kylie Minogue diz que beijaria Angelina Jolie