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Padre é condenado a pagar R$ 15 mil a Jean Wyllys por fake news

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o padre José Cândido da Silva a indenizar o deputado federal Jean Wyllys por danos morais, após o clérigo espalhar fake news sobre o parlamentar. Na sentença, o juiz Manuel Eduardo Pedroso Barros estipulou o valor de R$ 15 mil que deverá ser pago a Jean. Ao deferir favorável ao deputado, e contrário às notícias falsas que ganham cada vez mais espaço no “jornalismo”, o magistrado chegou a citar a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Marília de Castro Neves Vieira, que espalhou fake news em relação à vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada na semana passada. “Os apelos às ‘fake news’ são de tal potencial influenciador que, recentemente, verificamos uma Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro comentando como verdadeiros os eventuais engajamentos criminosos da vereadora Marielle Franco”, afirma o juiz. Leia também: PSOL denuncia desembargadora por pedir fuzilamento de Jean Wyllys ZOOFILIA O processo movido por Jean Wyllys contra José Cândido é precedente de um caso que aconteceu em 2015, quando o clérigo afirmou no programa “Questões de Fé”, na TV Horizonte, que o parlamentar do PSOL era o autor de um Projeto de Lei (PL) para legalizar a união entre humanos e animais. O falso projeto que jamais existiu, e também envolveu o nome da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), causou graves transtornos a Wyllys que precisou se manifestar em diversas ocasiões negando a existência do PL. No parecer, o magistrado assinala que, ao disseminar a mentira, o padre se baseou em uma página humorística do Facebook, na qual o próprio autor deixa claro que se trata de ficção. “Realmente, diante do que está nos autos, não há como acolher a tese do réu de ausência de culpa. Sua fonte é uma verdadeira piada. Jamais o réu poderia ter se dirigido a um programa de televisão para comentar de forma séria uma notícia extraída da página do Sr. Joselito Muller, incutindo na mente de seu público falsidades a respeito do autor”. Leia também: Irmã e esposa de Marielle pedem para YouTube retirar fake news ALVO Único parlamentar assumidamente homossexual do Congresso, Jean Wyllys é um dos principais alvos das fake news no Brasil. O deputado do Rio já foi acusado de planejar uma espécie de turnê pelas escolas do país, ao lado de Pabllo Vittar para “ensinar” gênero para as crianças; autor de uma proposta para retirar trechos da Bíblia; que os negros não podem ser evangélicos, entre outros. Recentemente, Wyllys começou a expor os perfis dos responsáveis por espalhar essas invencionices, alegando está “cansado” de denunciar seus algozes e nada ser feito. “Eles são pessoas normais como você e eu (…) o que ninguém sabe é que, depois da meia-noite, na escuridão do quarto, com o computador ligado à internet, eles assumem outra personagem. Publicam mentiras sobre os outros, adulteram fotos alheias no Photoshop, inventam tuítes, criam histórias inverídicas para difamar políticos de esquerda… incitam a violência contra os outros”, desabafou Jean nas redes sociais.

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