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Ronaldo Fraga emociona público com desfile que abordou o preconceito contra transexuais

 
Numa temporada focada na transformação de modelos de negócios, Ronaldo Fraga foi na contramão do tão comentado "see now, buy now".

Sua coleção, apresentada na tarde desta quarta-feira no Theatro São Pedro, não quis saber de vendas e sim de colocar luz sobre uma das questões que mais envergonha o país: o preconceito contra os transexuais.

 
Com um casting formado apenas por trans (pouquíssimas modelos compunham o elenco; havia cabeleireira, garota de programa, professora e dona de casa, segundo o estilista), o desfile emocionou a plateia. Pense em Costanza Pascolato indo às lágrimas com uma coleção.
 
— Eu falo sempre sobre as mesmas coisas, de amor, de existência, de moda como ato político, como forma de protesto e apropriação cultural. Gosto dos invisíveis. Falamos hoje de um grupo que é invisível, mas é dizimado no Brasil. Somos o país que mais mata travestis e transexuais no mundo — disse ele, no backstage.
 
Vestindo looks com referências aos anos 20, 30 e 40, estavam mulheres de diversas faixas etárias e profissões. A maioria dela foi encontrada na internet, como a youtuber Branca Bacci-Brunelli, que tem um canal de vídeos com temática trans.
 
— Acredito que isso aqui é um destaque para todas as mulheres trans, para a nossa causa e nos tirar das sombras. Fico esperançosa porque a moda está começando a nos enxergar cada vez mais — diz Branca, de 22 anos.
 
Outra esperançosa com os desdobramentos do desfile é Agnes Oliveira, de 32 anos.
 
— eu senti que o "feeling" para a coleção é que nós estamos em guerra e todo que a gente podia trazer era o amor e a poesia.
 
 
 

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