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São Paulo lidera denúncias de violência contra gays, diz estudo

Dentre os casos registrados pelo Disque 100, central de atendimento do governo federal criada para registrar abusos contra crianças, adolescentes e a população LGBT, os mais recorrentes são contra a comunidade gay.

De acordo com o Levantamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), a cidade de São Paulo lidera as denúncias com 18,41%, seguida da Bahia com 10%, Piauí com 8,73% e Minas Gerais (8,57%). O Rio de Janeiro aparece com apenas 6,03% dos casos registrados.

As formas mais comuns de violência contra a população LGBT são as de violência psicológica (44,38%), feito através de ameaça, hostilização e humilhação, e de discriminação (30,55%).

"Isso demonstra que a violência de caráter homofóbico tem um forte componente cultural, é a mais difícil de ser enfrentada porque é justamente a que não fica comprovada por marcas no corpo", disse a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, ao jornal Estado de São Paulo, que teve acesso ao levantamento.

Das vítimas, que se concentram na faixa etária de 19 a 24 anos (43%) e de 25 a 30 anos (20%), 83,6% são homossexuais, 10,1%, bissexuais e 4,2% de heterossexuais que sofrem algum tipo de violência por serem confundidos como gays.

O estudo aponta ainda que em 39,2% dos casos registrados contra a população LGBT o agressor foi um desconhecido. Vizinhos somam 22,9%, e os próprios amigos 10,1%.
 

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