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“The New Normal” vai evitar estereótipos, diz ator gay Andrew Rannells

A Capa já tinha falado da série The New Normal, que traz a história de um casal gay que decide ter um filho de barriga de aluguel e estreou semana passada nos Estados Unidos, já com um beijo na telinha. O show, que causou polêmica desde seu anúncio, com conservadores querendo puxar um boicote, agora também deve enfrentar outro desafio: evitar os estereótipos.

Isso porque ter exagerado a mão nos estereótipos gays foi uma das críticas recebidas pela série após a estreia. Na revista Out, por exemplo, um artigo escrito por Frank Bua – ele mesmo um pai gay – trouxe o seguinte comentário: "Assistir aos dois primeiros episódios […] me deixou com um nível de decepção que eu só senti a última vez quando Bill Clinton assinou a Lei de Defesa do Casamento".

Para Bua, o show não traz "nada de novo": "Pior ainda: muitas das generalizações […] são provavelmente mais prejudiciais do que divertidas: gays são ricos, materialistas decadentes com uma absurda renda disponível. Gays aleatoriamente acordam e decidem que querem ter um filho como o último acessório da moda […]. Um casal gay? Um deles é um efeminado homem-criança, o outro é um cara bonitão que assiste ao futebol".

As críticas fizeram Andrew Rannells (na foto, à dir.), um dos protagonistas da série, que faz o casal gay com Justin Bartha, de Se Beber Não Case, opinar sobre o assunto. Em entrevista dada ao site Vulture, Rannells disse que os criadores da sitcom, Ryan Murphy, de Glee, e Ali Adler estão sendo "muito cuidadosos" para evitar que os personagens gays se transformem em estereótipos.

"Eu certamente entendo", disse o assumido Rannells, em relação à preocupação com a questão dos estereótipos. "Como homossexual, tendo assistido gays sendo retratados na TV, às vezes, é muito legal e, às vezes, é só uma piada […], e eu posso dizer, falando sobre o futuro, que eles têm me dado, particularmente, algum alcance real com esse personagem".

Rannells aproveitou para elogiar Bartha, que é hétero, por estar fazendo um personagem gay: "Eu me sinto muito feliz, e penso que ele também. Ele não é gay. Eu sou. Podia ter havido algo que fosse difícil de fazer".

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